Em 1963, Mauricio de Sousa criou um personagem baseando-se na experiencia / sensação de ver o russo Iuri Gagarin viajando para o espaço no dia 12 de abril de 1961 e também para "bater de frente" no mercado nacional contra algumas HQs clássicas de ficção cientifica, como por exemplo Buck Rogers e Flash Gordon (que aliais foram pioneiros em seu tempo como os dois primeiros títulos de sucesso com esta temática em revistas em quadrinhos).
O personagem ganhou o simples e objetivo pseudônimo de "Astronauta", e suas historias por fim acabaram adicionando também os fãs de sci fi (de todas as idades) ao publico leitor habitual do Sr. de Sousa. No mesmo ano de sua criação, suas historias foram primeiramente lançadas no jornal “Diário de São Paulo” no formato de tirinhas, que eram publicadas em preto e branco durante a semana e em formato especial colorido aos domingos. Ainda em 1963, o Astronauta também apareceu no jornal “O Diário Juvenil” junto de outras historias de Mauricio de Sousa como por exemplo “Penadinho”, “Papa-Capim” e “Chico Bento”. Inclusive o Astronauta chegou a ter também suas historias publicados na "Coleção F.T.D." nos anos 60.
O plot de sua "origem original" é tão simples quanto interessante:
Pereira, um jovem e simpático brasileiro do interior é confundido com um astronauta recruta norte americano. Apos o incidente ele é levado até o Cabo Canaveral, onde é treinado para uma missão de exploração pelo universo administrado pela NASA. Antes de cumprir sua missão ele é abduzido por uma raça de aliens conhecida como "Homens-Geleia" que o avisa que o voo ira mata-lo já que os equipamentos não estavam devidamente nos conformes. Neste momento, provavelmente por terem ido com a cara do rapaz, o Homens-Geleia lhe presenteiam com um traje especial e uma nave em forma de esfera, para que nosso herói possa desbravar o cosmos em total segurança tendo a companhia de seu computador, que fala e age como um ser humano. Na maioria de suas historias ele expressa como é solitário na imensidão do espaço e como sempre senti saudade de sua cidade natal (Tangará).
Para muitos leitores, as melhores histórias são as dos anos 60/70, pois o Astronauta vivia dramas com maior apelo moral e suas aventuras às vezes tinham toques muuuuito surreais, o que era interessante ja que o personagem era mais direcionado ao publico infantil que o restante. Nos anos 80 ele acaba perdendo força e sumindo aos pouquinhos já que suas historias perdem consideravelmente sua formula original.
Pereira, um jovem e simpático brasileiro do interior é confundido com um astronauta recruta norte americano. Apos o incidente ele é levado até o Cabo Canaveral, onde é treinado para uma missão de exploração pelo universo administrado pela NASA. Antes de cumprir sua missão ele é abduzido por uma raça de aliens conhecida como "Homens-Geleia" que o avisa que o voo ira mata-lo já que os equipamentos não estavam devidamente nos conformes. Neste momento, provavelmente por terem ido com a cara do rapaz, o Homens-Geleia lhe presenteiam com um traje especial e uma nave em forma de esfera, para que nosso herói possa desbravar o cosmos em total segurança tendo a companhia de seu computador, que fala e age como um ser humano. Na maioria de suas historias ele expressa como é solitário na imensidão do espaço e como sempre senti saudade de sua cidade natal (Tangará).
Para muitos leitores, as melhores histórias são as dos anos 60/70, pois o Astronauta vivia dramas com maior apelo moral e suas aventuras às vezes tinham toques muuuuito surreais, o que era interessante ja que o personagem era mais direcionado ao publico infantil que o restante. Nos anos 80 ele acaba perdendo força e sumindo aos pouquinhos já que suas historias perdem consideravelmente sua formula original.
*Mais tarde durante a historia, eles mudam que ideia toda não veio da NASA e sim da BRASA (Brasileiros Astronautas), isto para que os leitores tivessem mais empatia pelo personagem já que ele era um astronauta brasileiro perdido pelo cosmos representando o planeta Terra.
Em 2008 o Astronauta retorna fazendo uma participação especial na edição #3 da "Turma da Mônica Jovem", e depois na edição #6 com seu primeiro arco "O brilho de um pulsar", até porque durante esta nova fase dos títulos do Mauricio de Sousa, muitos fãs pediram a volta do personagem. Nessas historias ele parece mais velho e experiente, e ganha algumas pequenas mudanças como por exemplo o titulo de "Comandante Astronauta", por viajar / patrulhar o universo em seu "Cruzador Espacial Hoshi", tendo a ajuda do Tenente Xabéu, Alferes Zé Luís e o seu computador.
Em 2009, o personagem participou do álbum de comemoração aos 50 anos de carreira de Mauricio de Sousa (MSP 50). Neste especial ele ganhou uma imagem mais atualizada pelas mãos do desenhista Jean Okada, que fez uma versão moderna do traje espacial usando referencias do design original, e em outras desenhada por Flávio Luiz, com um lance mais inspirado nos aspectos clássicos do personagem, fazendo-o encontrar até mesmo o "Pitéco" durante uma viagem temporal à pré-história.
Em 2010 foi lançado o segundo "MSP 50", e nesse álbum uma das histórias do Astronauta que ficaram em destaque foi escrita por Gian Danton e desenhada por JJ Marreiro, que (aparentemente) inspiraram se em vários clássicos da era do ouro sci fi, usando referencias bem "oldschool" tanto no enredo quanto na arte (provavelmente de "Perry Rhodan" à alguns desenhos da "Hanna-Barbera" como "Space Ghost" ou "Galaxy Trio", na humilde opinião deste que vos escreve).
Em 2011, foi lançado o último álbum "MSP 50". Neste o Astronauta protagoniza algumas historias, e em outras ele somente participa como mero coadjuvante. Nada demais.
Em 2012 o Astronauta volta para cena oficialmente, assim como outros títulos, em um projeto de reformulações das criações de Mauricio de Sousa para um formato mais sério e esteticamente mais "artístico" que levam o selo denominado "Graphic MSP". O responsável pelo roteiro e a arte da nova fase do Astronauta foi Danilo Beyruth, que aliais chamou muita a atenção dos admirares do personagem para o projeto, já que suas historias sempre tiveram um potencial muito grande em termos de complexidade, o seu formato original nunca o permitira ir alem e o artista trabalho bem nesses detalhes.
A primeira edição foi intitulada como "Astronauta - Magnetar", e
neste conto o Astronauta visita uma galáxia distante para estudar a "Magnetar", uma estrela de nêutrons que possui um campo magnético estimado em um bilhão de teslas. Durante os procedimentos do estudo um acidente danifica sua nave e o deixa sem comunicação, o tornando um "náufrago espacial".
**Em 2014 foi anunciado um segundo volume do MSP do personagem que sera intitulado como "Astronauta 2", e esta entre uma das primeiras continuações deste selo ja o primeiro volume foi um dos maiores sucessos entre todos que tem esta "nova roupagem".
Para muitos que deram uma lida ("mesmo que de leve") nas historias do Astronauta e criaram uma certa admiração, é uma "satisfação tremenda" ver o personagem ressurgir depois de tantos anos e ainda por cima tornando-se um dos ícones modernos mais interessantes nesta nova empreitada dentro do universo fictício peculiar em que ele compartilha com outros personagens uma mitologia que influenciou direta ou indiretamente muitas gerações de brasileiros. Vendo o projeto sendo aproveitado de forma tão profissional e sem ser corrompido (ou pelo menos não muito), podemos compreender melhor sobre o que ele representa na realidade em matéria de conteúdo intelectual, pois a ideia foi praticamente moldada em sua trajetória pelo espirito dos que a mantiveram ainda funcionando durante os anos em que o personagem ficou mais conhecido, e isto foi um fator que deve ser levado em consideração pois contribuiu muito para a "maturidade do Astronauta" nos dias de hoje. Neste caso em especifico, mesmo que a ideia tenha sido sustentada em geral por um publico infantil (de certa forma) no passado, ninguém pode negar de forma inteligente que o grande trunfo dela esta relacionada a uma complexidade que eleva os seus interessados alem de suas expectativas involuntariamente e não importando se quer as suas idades para que a compreensão da mensagem transmitida de forma clara. Até porque neste titulo foram utilizadas analogias (bem ou mal) bastante distintas para levar o publico a uma reflexão real e instintiva sobre eles mesmos ou sobre algo que esta (ou esteve) a nossa volta desapercebido quando fora de foco, e talvez essa seja uma das verdadeiras virtudes do pioneirismo de um trabalho como esse pois ele naturalmente continua resistindo ao tempo para cumprir seu proposito, ao ponto de seus idealizadores (aparentemente) ainda acreditarem que a ideia realmente funciona. Então para concluir, se você gostou de como o Astronauta foi feito na MSP, bom! Pois mesmo que indiretamente, você compactua para que esse projeto não acabe e logo toda a ideia sobre ele, que é a espinha dorsal do projeto, também não, e assim o projeto pode cumprir o seu ("suposto") proposito, resultando no final acaba em "um fim" muito enriquecedor, principalmente por vir de uma ideia inicial que (aparentemente) não tinha como foco esse objetivo.
Em 2008 o Astronauta retorna fazendo uma participação especial na edição #3 da "Turma da Mônica Jovem", e depois na edição #6 com seu primeiro arco "O brilho de um pulsar", até porque durante esta nova fase dos títulos do Mauricio de Sousa, muitos fãs pediram a volta do personagem. Nessas historias ele parece mais velho e experiente, e ganha algumas pequenas mudanças como por exemplo o titulo de "Comandante Astronauta", por viajar / patrulhar o universo em seu "Cruzador Espacial Hoshi", tendo a ajuda do Tenente Xabéu, Alferes Zé Luís e o seu computador.
Em 2009, o personagem participou do álbum de comemoração aos 50 anos de carreira de Mauricio de Sousa (MSP 50). Neste especial ele ganhou uma imagem mais atualizada pelas mãos do desenhista Jean Okada, que fez uma versão moderna do traje espacial usando referencias do design original, e em outras desenhada por Flávio Luiz, com um lance mais inspirado nos aspectos clássicos do personagem, fazendo-o encontrar até mesmo o "Pitéco" durante uma viagem temporal à pré-história.
Em 2010 foi lançado o segundo "MSP 50", e nesse álbum uma das histórias do Astronauta que ficaram em destaque foi escrita por Gian Danton e desenhada por JJ Marreiro, que (aparentemente) inspiraram se em vários clássicos da era do ouro sci fi, usando referencias bem "oldschool" tanto no enredo quanto na arte (provavelmente de "Perry Rhodan" à alguns desenhos da "Hanna-Barbera" como "Space Ghost" ou "Galaxy Trio", na humilde opinião deste que vos escreve).
Em 2011, foi lançado o último álbum "MSP 50". Neste o Astronauta protagoniza algumas historias, e em outras ele somente participa como mero coadjuvante. Nada demais.
Em 2012 o Astronauta volta para cena oficialmente, assim como outros títulos, em um projeto de reformulações das criações de Mauricio de Sousa para um formato mais sério e esteticamente mais "artístico" que levam o selo denominado "Graphic MSP". O responsável pelo roteiro e a arte da nova fase do Astronauta foi Danilo Beyruth, que aliais chamou muita a atenção dos admirares do personagem para o projeto, já que suas historias sempre tiveram um potencial muito grande em termos de complexidade, o seu formato original nunca o permitira ir alem e o artista trabalho bem nesses detalhes.
A primeira edição foi intitulada como "Astronauta - Magnetar", e
neste conto o Astronauta visita uma galáxia distante para estudar a "Magnetar", uma estrela de nêutrons que possui um campo magnético estimado em um bilhão de teslas. Durante os procedimentos do estudo um acidente danifica sua nave e o deixa sem comunicação, o tornando um "náufrago espacial".
**Em 2014 foi anunciado um segundo volume do MSP do personagem que sera intitulado como "Astronauta 2", e esta entre uma das primeiras continuações deste selo ja o primeiro volume foi um dos maiores sucessos entre todos que tem esta "nova roupagem".
Para muitos que deram uma lida ("mesmo que de leve") nas historias do Astronauta e criaram uma certa admiração, é uma "satisfação tremenda" ver o personagem ressurgir depois de tantos anos e ainda por cima tornando-se um dos ícones modernos mais interessantes nesta nova empreitada dentro do universo fictício peculiar em que ele compartilha com outros personagens uma mitologia que influenciou direta ou indiretamente muitas gerações de brasileiros. Vendo o projeto sendo aproveitado de forma tão profissional e sem ser corrompido (ou pelo menos não muito), podemos compreender melhor sobre o que ele representa na realidade em matéria de conteúdo intelectual, pois a ideia foi praticamente moldada em sua trajetória pelo espirito dos que a mantiveram ainda funcionando durante os anos em que o personagem ficou mais conhecido, e isto foi um fator que deve ser levado em consideração pois contribuiu muito para a "maturidade do Astronauta" nos dias de hoje. Neste caso em especifico, mesmo que a ideia tenha sido sustentada em geral por um publico infantil (de certa forma) no passado, ninguém pode negar de forma inteligente que o grande trunfo dela esta relacionada a uma complexidade que eleva os seus interessados alem de suas expectativas involuntariamente e não importando se quer as suas idades para que a compreensão da mensagem transmitida de forma clara. Até porque neste titulo foram utilizadas analogias (bem ou mal) bastante distintas para levar o publico a uma reflexão real e instintiva sobre eles mesmos ou sobre algo que esta (ou esteve) a nossa volta desapercebido quando fora de foco, e talvez essa seja uma das verdadeiras virtudes do pioneirismo de um trabalho como esse pois ele naturalmente continua resistindo ao tempo para cumprir seu proposito, ao ponto de seus idealizadores (aparentemente) ainda acreditarem que a ideia realmente funciona. Então para concluir, se você gostou de como o Astronauta foi feito na MSP, bom! Pois mesmo que indiretamente, você compactua para que esse projeto não acabe e logo toda a ideia sobre ele, que é a espinha dorsal do projeto, também não, e assim o projeto pode cumprir o seu ("suposto") proposito, resultando no final acaba em "um fim" muito enriquecedor, principalmente por vir de uma ideia inicial que (aparentemente) não tinha como foco esse objetivo.
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