Isaiah Bradley cresceu em Nova York, onde ele conheceu Faith Shabazz, por quem se apaixonou e casou em 1940. Apos o ataque a Pearl Harbor, Isaías se alistou ao exército para servir nas forças armadas durante a Guerra enquanto a sua esposa estava gravida da sua primeira filha.
Durante esse período, o governo dos EUA ainda tentam conseguir a chave para o soro do Super Soldado que foi levado para o tumulo com a morte do Dr. Erskine. Então como investimento drástico e pesado na tentativa de criar um novo heroi militar no calibre de Steve Rogers, é criada a iniciativa denominada "Project: Rebirth" ( Projeto Renascimento). O Coronel Walker Price e o Dr. Wilfred Nagel, que foram responsáveis pela inteligencia militar da época, "recrutaram" em média 300 soldados afro- americanos, incluindo Isaiah, para servir como cobaias, alegando que a sua estrutura física e biológica tinha uma pré disposição maior para sobreviver ao processo, o que também soou como "dispensáveis" para alguns entre eles por conta do racismo vivido neste tempo. Para manter em segredo as operações, foram mandadas as famílias cartas informando-as sobre o "desaparecimentos em combate" dos seus entes queridos, apesar de Faith recusar-se a aceitar a morte do marido.
Dos 300 soldados testados, apenas poucos entre eles sobreviveram ao processo de conversão . Estes sobreviventes tornaram-se em uma equipe (sem trocadilhos) "black ops", ja que eram designados para missões especiais e secretas. Depois de algumas atividades em campo, somente Isaiah, Maurice Canfield e o Sargento Luke Evans continuaram na ativa.
Durante uma missão do trio em Sintra (Portugal), onde eles esperavam o apoio tático do "Capitão América", Maurice compromete a missão por esta relacionada com a morte de seus pais. Assim ele é abatido, juntamente com o sargento Evans, enquanto Isaiah é ferido mortalmente, ao ponto de quase não sobreviver ao incidente.
Algum tempo depois Bradley, ja recuperado, é enviado em uma "missão suicida" onde os objetivos prioritários eram matar um cientista conhecido como "Doctor Kosh", parar o desenvolvimento de uma possível fórmula para um Super Soldado alemão e destruir um campo de extermínio nazista em Schwarzebitte (Alemanha). Antes de sair em missão, Isaiah pega para si o escudo do Capitão América e alguns itens de seu uniforme. A missão acaba sendo bem sucedida, mas ele é capturado pelo inimigo. Por sorte, enquanto é transportado para interrogatório, Isaiah é resgatado por um grupo de resistentes alemães. Meses depois, ele é resgatado na Alemanha pelos EUA, sendo dispensado de seus serviços e julgado em um tribunal marcial por ter roubado os pertences do Capitão America original, que eram considerados aparentemente como uma parte do "tesouro nacional". Assim, ele é condenado em 1943, ficando preso por 17 anos na solitária. Lá seu corpo e mente lentamente acabaram se deteriorando devido aos efeitos colaterais do soro do Super Soldado. Isaiah só foi liberado anos depois pelo presidente Eisenhower apos o proprio receber uma carta todo mês durante três anos de Faith, que acabara descobrindo o paradeiro do marido através de "fontes confiáveis". Inclusive em 1960, no dia que Kennedy entrou na Casa Branca , Isaiah ganhou o perdão presidencial pelos seus serviços.
Embora Isaiah tenha tido a sua carreira como herói militar destruída, a lenda do "Black Captain America" começou a se espalhar ao longo dos anos através da comunidade negra norte americana influente. Assim, Bradley acabou se tornando um simbolo de respeito cultural e todos o tratavam com muito respeito e admiração. Ele chegou a receber figuras marcantes na historia como por exemplo Malcolm X , Richard Pryor, Muhammad Ali e o próprio Nelson Mandela. Fora da comunidade negra , no entanto, ele permaneceu no anonimato, pelo fato do governo do EUA fazer um acordo com ele de nunca vir a publico nada sobre a sua vida como herói, sua prisão ou de suas missões como black ops. Isto realmente acabou o deixando de fora do hall dos grandes heróis, ao ponto de quando Bradley foi chamado como convidado de honra no casamento da Tempestade com o Pantera Negra, muito dos super-heróis negros, como Luke Cage, Golias, Pulsar , Triatlo e Falcão, sentiram se realmente impressionados feito crianças na presença de um dos maiores heróis de todos os tempos da sua etnia, enquanto outros super-heróis realmente nem conheciam a identidade de Bradley ou mesmo se importavam com a sua presença.
Quando a filha de Isaias, Sarah Gail, se casou novamente ela teve um filho chamado Elijah "Eli" Bradley. Quando ele se tornou um adolescente, seus avos permitiram que fosse morar com eles em Scottsdale (Arizona) para terminar o ensino médio. Sem o conhecimento de seus avós , Eli se tornou um dos membros fundadores dos "Jovens Vingadores", mentindo para equipe que ganhara seus poderes através de uma transfusão de sangue com seu avô, quando na verdade ele usava uma droga chamada "Mutant Growth Hormone" vendido nas ruas por "cientistas do mau", a fim de simular os poderes de Super Soldado. Mesmo com a enorme insistência de Steve Rogers para acabar com a equipe, Eli salva a vida do sentinela da liberdade usando o seu próprio corpo como escudo para protege-lo de tiros durante uma insana batalha dos "Jovens" e "Novos" Vingadores contra uma frota Kree. Depois da batalha e gravemente ferido, Eli é levado para o hospital e o Capitão América vai até la para dar Eli uma transfusão de sangue, como "recompensa" por seus atos heroicos. Quando ele chega la ele é surpreendido por Isaiah, que já havia dado Eli seu sangue primeiro por ele ser o membro da família mais próximos do rapaz, e também por ser também um Super Soldado, mesmo que aposentado. Apos a transfusão, Eli se torna uma versão "alternativa" de seus antecessores, e volta a ativa na sua equipe usando o codinome "Patriota". Mais para frente, ele é recrutado para a resistência de Steve Rogers durante a "Guerra Civil".
*Enfim, podemos conferir grande parte da trajetória de Isaiah Bradley na mini série "Truth: Red, White & Black" (2003), que mostra o regimento dos soldados negros que se tornaram cobaias do novo programa do super soldado, e todas as perdas que viraram a chave para transformação de seu sobrevivente no "Capitão America Negro". Inclusive alguns especialistas creem que os contextos abordado nesta HQ são dignos de indicação pois ela é uma ótima leitura para os que se interessam em conhecer melhor a importância analógica dos heróis negros dentro desta mídia. Ainda mais por ela incorporar um enredo baseado em varias experiências vividas por pessoas que fizeram parte da luta pela liberdade e democracia do seu povo, mas nunca serão mencionados na historia.
O conceito original para criação desta historia veio de um "exemplo de plot" jogado ao léu em uma reunião da Editora Marvel por Bill Jemas, um dos representantes da "Casa das Ideias". Quando o produtor Axel Alonso teve conhecimento deste "plot", ele se interessou bastante pelo contexto, e uma vez que lhe ofereceram a chance de criar um projeto mais consistente em torno do personagem, ele nem "pestanejou" e botou a mão na massa. Robert Morales foi contratado como roteirista da mini série, sendo inclusive o principal responsável na criação do elenco de apoio e para elaboração do final da historia. No inicio Morales não acreditava muito no personagem por seu plot ser inspirado de um um outro não tão bem sucedido do Luke Cage criado por Brian Azzarello. Mas fazendo boas adaptações e deixando o enredo mais dinâmico possível, podemos ler uma boa historia com um final tão interessante quanto realista, e assim criando uma atmosfera em volta do herói que realmente fez este que vos escreve relembrar sobre o real motivo de ser um leitor desta mídia (mesmo a arte sendo beeem mais ou menos).
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