20140311

"The Umbrella Academy": Uma Boa Introdução Para Um Novo Classico

Esta é uma HQ criada e escrita por Gerard Way, vocalista da banda "My Chemical Romance", e ilustrada pelo grande artista brasileiro Gabriel Bá, que inclusive chegou a confessar em algumas entrevistas que na fase de desenvolvimento do projeto teve alguns probleminhas com datas para produzir a sua parte por conta do rapagote que não conseguia terminar a historia, ja que a agenda de sua banda era "atarefadíssima".
Antes tarde do que nunca, seu primeiro arco foi dividido em seis edições em uma série limitada denominada "The Umbrella Academy: Apocalypse Suite", lançada e distribuída pela "Dark Horse Comics" em 19 de setembro de 2007. A série surpreendentemente teve um impacto mais que positivo na mídia, dando uma cara e sangue novo entre os títulos de comics mais pops deste gênero, ao ponto de ganhar o "Eisner Award 2008" na categoria "Best Finite Series/Limited Series".
Com o sucesso de sua estréia, uma segunda série foi criada em 2008 com o nome de "The Umbrella Academy: Dallas", e até esta data já existem dois projetos agendados para lançamento em um futuro iminente, sendo que um já tem o titulo definido como "The Umbrella Academy: Hotel Oblivion".

A historia começa com o nascimento de varios bebês superpoderosos ao redor do mundo que nasceram de de mulheres que aparentemente não apresentavam nenhum sinal de gravidez. Tendo a consciência da existência dessas crianças, Sir Reginald Hargreeves, um renomado cientista / empresario / aventureiro/ filantropo extraterrestre, e seu guarda costas chamado Abhijat viajaram ao redor do globo para adotar os máximos dessas crianças que encontrassem. Hargreeves, que adota o codinome de "O Monóculo", encontra apenas 7 crianças sobreviventes no total e decide treina-las e usar suas habilidade em pro da segurança do mundo como super heróis.


Mais para frente damos um salto para 10 anos no futuro e vemos as crianças mais crescidinhas trabalhando como o conhecido grupo "The Umbrella Academy" (ou "Academia Guarda-Chuva", se preferir) administrado pelo seu pai, O Monóculo. A primeira missão deles como herois (ou pelo menos para os leitores) é defender Paris de uma versão bizarra "Zombie Robot" de Gustave Eiffel, que revela que a Torre Eiffel é uma nave espacial steampunk bizarra pronta pra decolar e destruir grande parte da cidade.

A história então salta mais 10 anos à frente, e vemos a equipe desfeita e seus ex-membros adultos. O herói 00.01 adota o nome de "Spaceboy" e vai morar na lua. Um dia ele recebe um telefonema informando que o Monóculo está morto e que ele deveria voltar para casa imediatamente. Quando chega à mansão de seu pai, e antigo QG da Umbrella Academy, ele reencontra seu "irmão" 00.05 que havia sumido quando todos eles ainda eram apenas crianças. Ele afirmar que veio do futuro com uma informação importantíssima sobre um perigo que pode afetar a vida de todos no planeta para sempre, mas até aquele momento ele somente diz que "o pior está por vir". E assim começa a historia dos nosso heróis.

*Um detalhe interessante em cada edição é a existência de informações das paginas das anotações pessoais de Sir Hargreeves. Podemos sempre nos depara com uma lista destaque dos membros da Umbrella Academy, ou um trecho da "Enciclopédia Umbrellica", oferecendo mais detalhes e informações básicas sobre suas façanhas.



Em resumo:
 Da primeira vez que este que vos escreve se deparou com este simples e magnifico novo clássico das HQs, ele ficou tão surpreso quanto satisfeito pois se tratava de uma historia interessantemente original, com uma ótima arte e que não deixava a desejar em quase nada em matéria de enredo ou seguimento na historia (a não ser pelo fato de ser muito curto para o leitor mais empolgado e / ou por ter em seus arcos algumas "pontas soltas" agoniantes para possíveis projetos futuros que nunca dão 100% de garantia que acontecerão). De qualquer forma esta é uma bela oportunidade para o leitor mais "religioso" (desta mídia) dar uma espiada e vislumbrar a ideia de que independente do foco comercial do projeto, seja mais voltado pro pop ou pro "literário mais exigente" por assim dizer, é também necessário que os idealizadores assumam a obrigação intelectual de manter um equilíbrio da qualidade de leitura, realmente agregando valores de forma inteligente, com intenção de proporcionar uma boa fonte de entretenimento, o que aliais pesa muito para o consumidor usual ou curioso.
Enfim, leiam e se curtirem pra valer aconselho a lerem alem do primeiro arco.

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